terça-feira, 15 de julho de 2008

Durante os próximos meses, a cada segunda - feira, no Espaço Boas novas, às 22:15h estaremos compartilhando sobre uma nação que integra a Janela 10x40, para que venhamos nos revestir das armas de ataque correta e da armadura do nosso Senhor. E para complementar esta benção de aprendizagem, estaremos colocando no blog um resumo sobre cada uma destas nações.
Como durante esta semana, a Indía é nosso foco, abaixo segue um estudo sobre as principais características:


Índia
Lema: "Somente a verdade vence"
Lingua oficial: Hindi, inglês e mais 21 linguas nacionais.
Habitantes: 1,132,446,000
Espectativa de vida: 64,7 anos
Alfabetização: 61,0%


É o segundo país mais populoso do mundo (depois da China), cerca de um terço dos indianos têm menos de 15 anos. São reconhecidas 23 línguas oficiais, dentre elas o híndi (falada no norte, é a língua da administração central), o tâmil (no sul) e o inglês. A civilização indiana é uma das mais antigas do mundo. Quatro grandes religiões surgiram no subcontinente: o hinduísmo, o budismo, o jainismo e o siquismo.
A Índia está dividida em 28 estados é a 12ª maior economia do mundo . Entretanto, devido à grande população, a renda per capita é consideravelmente baixa. Cerca de 60% da população dependem diretamente da agricultura. Mais de 25 % da população vivem abaixo da linha da pobreza.

Localiza-se na índia uma cidade chamada VERANANCI que significa o Trono de Satanás, onde existe mais de Doze mil enfermidades diferentes. Toda a Índia é devastada por enfermidades devido aos ratos, (existe 3 para cada pessoa, ou seja, mais de 3 bilhões de ratos.) cumulado com condições precárias de higiene, onde pessoas defecam e consertam peixe na mesma aguá. A fome é outro ponto negativo na Índia, e mais uma vez nos deparamos com a cegueira espiritual, pois a vaca lá é sagrada, e eles nao podem se alimentar dela, como já se não bastasse, o pouco alimento que possuem oferecem aos aos ratos.


O templo dos ratos
O templo de Karni Mata é considerado um dos locais santos dos hindus na Índia. Uma galeria do templo descreve sua vida. Os hindus a chamam deusa Karni Mata. Depois de seu casamento ter sido dissolvido, ela tornou-se uma ‘sanyasinand’ (uma errante ascética) e teria dedicado sua vida para o serviço dos pobres.Para os hindus, este templo não é apenas o local onde habita a deusa Karni Mata, mas também os bem alimentados ratos (chamados kabas) que são grandemente reverenciados. Neste templo, ratos são adorados e alimentados com doces e leite, visto que os hindus crêem que, os corpos dos ratos são casas para as almas dos devotos de Kanri Mata que já morreram.Os hindus dizem que uma vez Karni Mata tentou restaurar a criança morta de um contador de história de volta a vida, mas falhou porque Yama, o deus da morte, já tinha recebido a alma do menino e reencarnando numa forma humana. Karni Mata, famosa por seu legendário temperamento, foi tão afetada pela sua falha que ela anunciou que ninguém de sua tribo cairia nas mãos de Yama novamente. Ao invés, quando eles morressem, todos eles habitariam temporariamente o corpo de um rato, antes de ser reencarnado dentro de sua tribo novamente. Portanto, os ratos são considerados como encarnações dos contadores de história e são muito reverenciados.

Rio Ganges


Um rio podre, onde pessoas se banham, acreditando que o rio levará todas as suas impurezas pessoais. Neste rio são "enterrados" animais considerados sagrados e cadáveres humanos. Sua água é barrenta e cheira podre. O Ganges recebe diariamente milhares de devotos, que banham-se ao amanhecer, oram, oferecem-lhe velas acesas e bebem sua agua suja.





Não podemos nos conformar com situações assim, e meu pedido hoje é que o Senhor gere em seu coração um desejo de lutar contra isso, existem diversas maneiras de contribuir para o evangelismo das nações, faça sua parte. Uma dica para estarmos sempre atualizados nesses assunto é o site: http://www.portasabertas.org.br/
Faça a sua parte, pois Deus sempre faz a dEle.
Layse - DMLT

Ore, Por Índia!


" Esta Semana o Ministerio de Missoes Lágrimas do Trono da Ieq-Sede esta em intercessão por uma nação chamada Índia, um país que esta na janela 10/40

E o que significa janela 10/40? é onde se localiza os povos não alcançados com mais dificuldades da entrada do evangelho. Localizado no ocidente da africa ao oeste da Ásia 10° e 40° graus da linha do equador, 64 nações 2 Bilhões e 300 Mil pessoas que nunca ouviram falar de Jesus.

Estamos orando esta semana pela Índia um pais que tem tido uma legalidade de ssatanas a atuar naquele lugar, pra você ter uma noção ha um rio chamado Ganges onde são colocados corpos e oferendas, muitas ainda com vida; no mesmo rio as pessoas se banham para a purificação de sua alma.
Há, também, uma cidade chamada VERANANCI que significa o "trono de satanás", onde existe mais de doze mil enfermidades diferentes.

Entre em campanha conosco e Ore por esta nação, dedique um tempo de sua oração e interceda pela India!

Deus abencoe Você, Grandemente.

D.M.L.T
Michele

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O Inicio


Departamento Missionário Lágrimas do Trono.

Deus é Fiel! é com estas palavras que posso declarar o que é este ministério em minha vida...
Muitas vezes passamos por desertos nos quais se soubermos aproveitar saimos dele com um lindo e precioso presente assim foi comigo...durante um momento de sequidão nasce uma árvore...Deus gerou um amor incondiocional pelas vidas em meu coração...o qual se resulta em uma visão tremenda...onde uma gota de lágrimas caira sobre a terra ...trazendo um novo mover uma nova unção uma nova geração assim nasceu Lágrimas do Trono...Deus levanta na cidade de Tubarão Jovens que amam e tem priorizado o chamado do Pai, Ide!

Missoes se faz com os pés dos que vão...
com os joelhos dos que oram...
e com as maos dos que contribuem...

Amo vc em Cristo Jesus.....
Michele - Líder

Departamento Missionário Lágrimas do Torno.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma voz pela vida - HAKANI


Quebrando o Silêncio

Tem assuntos que ninguém gosta de falar. Quando uma mulher indígena do grupo arawá sai para dar à luz, por exemplo, ninguém vai junto. Esse é um momento só dela. Ela sai sozinha, mesmo que seja muito jovem e aquele seja seu primeiro bebê. Ela procura uma árvore ou arbusto onde possa se apoiar, se agacha, e ali enfrenta suas dores. É ali, na hora do parto, que essa jovem mãe tem a grande responsabilidade de decidir o futuro da criança. Ela só poderá ficar com o bebê se ele for perfeito.

Se por alguma razão ela volta para a casa sem o bebê nos braços, o silêncio é geral. Ninguém pergunta o que houve. Nem o pai da criança, nem os avós, nem a amiga mais próxima. A jovem se afunda em sua rede, muitas vezes sem coragem ou forças nem para chorar. O assunto morre ali mesmo. Ninguém pergunta por que ela voltou sem o bebê. A mãe terá que carregar sozinha, em silêncio, pelo resto da vida, a lembrança dessa maldição, dessa má sorte, dessa infelicidade.

Às vezes ouve-se ao longe o choro abafado da criança, abandonada para morrer na mata. O choro só cessa quando a criança desfalece, ou quando é devorada por algum animal. Ou quando algum parente, irritado com a insistência daquele choro, resolve silenciá-lo com uma flecha ou um porrete.

Depois disso o silêncio é absoluto.

O infanticídio é um tabu. Da mesma maneira que o assunto é evitado nas sociedades indígenas, é evitado também na nossa sociedade. Ninguém fala, ninguém enfrenta, ninguém toma posição.

A posição mais cômoda continua sendo a da omissão - omissão muitas vezes maquiada de respeito às diferenças culturais.

Estamos vivendo um momento de mudança de atitudes. Algumas mulheres indígenas resolveram abrir a boca sobre esse assunto, tão polêmico e ao mesmo tempo tão doloroso para elas. A partir da iniciativa dessas mulheres, o tabu começou a ser quebrado e a mídia nacional vem veiculando diversas matérias sobre o assunto (Revistas Consulex – outubro 2005, Problemas Brasileiros, do SESC/SP de maio-junho 2007; Cláudia, julho de 2007; Veja, agosto 2007, dentre outras).

Nossa sociedade precisa parar de falar por um momento e ouvir essas vozes.

Os números são alarmantes.

Quebrando o Silêncio aborda o infanticídio a partir do depoimento dos próprios indígenas. Reúne relatos de parentes de vítimas, de agressores e de sobreviventes.

São ouvidos, ainda, antropólogos, advogados, religiosos, indigenistas e educadores.

Esperamos que este material ofereça dados suficientes para que se possa pelo menos tomar uma decisão importante. A decisão de levar essa discussão adiante - ouvir, discutir, refletir, com imparcialidade, e criar condições para que as comunidades indígenas possam resolver os conflitos que causam o infanticídio. Que, pelo menos por um momento, possamos silenciar ideologias e paixões e ouvir com empatia a voz de mulheres que se cansaram de enfrentar sozinhas essa dor. Que possamos tomar a decisão responsável de quebrar o silêncio sobre o infanticídio.

Maiores informaçõs pelo site: www.hakani.org

Interceder


" DÊ o Seu Melhor em Tudo que fizer...se o Seu melhor é orar, interceder...entao não perca Tempo faça o seu melhor..que Deus tocará outros a irem aonde você tem orado!"Seja um missionário intercessor!

D.M.L.T

Seja um intercessor, e tome esta Causa!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Três casas missionárias no livro de Neemias

A história do livro de Neemias começa em 446 a.C., noventa anos depois da volta de Zorobabel, setenta anos depois da reconstrução do Templo, e doze anos depois da volta de Esdras. O progresso da obra tinha sido impedido. Esdras não parece mais ser governador, e o povo tem voltado para seus antigos pecados. A narrativa de Neemias tem estas circunstancias para seu fundo.

Muitas casas são mencionadas neste livro, porém, quero chamar a sua atenção para três casas que merecem serem destacadas. Sei que se constitui um grande desafio extrair mensagens missionárias em muitos livros da Bíblia Sagrada, mas não estamos sozinhos, temos a revelação profunda e profética dada pelo o Espírito Santo da Verdade!


1 - Casa dos varões.(soldados) - 3.16.

Deus é chamado de Senhor dos Exércitos (Sl 46.11.), e entendo, que Ele é chamado assim por causa de seus quatro exército existentes:

A natureza;

Os Anjos;

Israel; e

A Igreja.


A natureza, o primeiro exército de Deus foi amaldiçoado por causa da origem do mal que se alastrou por sobre toda a terra (Gn 3.17; Rm 8.22).

Os anjos, o segundo exército de Deus também sofreu uma catastrófica modificação no reino angelical (Is 14.12; Ez 28.13-15).

Israel, o terceiro exército de Deus falhou em sua missão de fazer conhecido o nome do Senhor dos Exércitos.

A Igreja, o quarto exército de Deus, não pode falhar em sua responsabilidade missionária de anunciar o evangelho a toda criatura! A natureza não foi restaurada na cruz, os anjos não foram redimidos no Calvário e Israel não foi enviado às nações depois da ressurreição de Jesus Cristo! Mas a Igreja foi altamente capacitada de poder, autoridade e unção do Espírito Santo.

Vale a pena lembrar das sagras palavras do apóstolo Paulo:

Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. (II Tm 2.3).

Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou. (II Tm 2.4).


2 - Casa das armas – 3.19.

Rm 13.12 A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz.

A casa das armas nos fala de preparação. Um dos requisitos prioritários na obra missionária é a preparação! Precisamos estar preparados para toda a sorte de desafios que podem surgir no campo missionário.

Tenho visto ultimamente muita gente despreparada querendo ser missionário, acham que para ser um missionário é de qualquer maneira. Hoje nós temos a facilidade de fazermos um curso de teologia, missiologia e treinamento transcultural, mas muitos que se dizem "chamados" mal começaram a primeira etapa do treinamento que chamamos de VIDA DEVOCIONAL. Se você não é uma pessoa de oração, como pode ser um intercessor de missões? Se você não conhece a arma que têm, como vai usá-la contra os adversários espirituais? Se não têm o habito de jejuar, como poderá conquistar uma vida espiritual profunda com Deus?

Missionário é um soldado bem treinado e preparado que sabe utilizar as ARMADURAS DA LUZ.

Ef 6.13 Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecerem inabaláveis, depois de terem feito tudo.


3 - Casa dos netineus (servos) – 3.31.

Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro... (Hb 3.5).

Nestes últimos dias temos presenciado muito marketing dentro da casa de Deus. Pessoas que estão agindo semelhante aos habitantes de Babel: "estão tentando construir um nome para si", existem muitos doutores, mestres, bacharéis, reverendos, bispos e apóstolos, mas são poucos os servos! Hoje em dia é preciso saber o preço que o irmão cobra para pregar ou cantar me nossas igrejas. Tem pregadores que estão fazendo um PACOTE PROMOCIONAL para festividades na igreja. Perguntam quantos dias ele vai pregar, quantos cd’s serão vendidos, se tem hotel cinco estrelas para se hospedar e qual o tipo de mensagem que você quer ouvir. Isso é falta de temor a Deus, amor a igreja e paixão pelas almas. Antes de ser pastor você é servo, antes de ser missionário você é servo, antes de ser cantor você é servo, antes de ser pregador você é servo.

Busquemos com veemência meus amados irmãos a posição de servos, porque Deus não está à procura de títulos e sim de verdadeiros servos.



Dc. Márcio Ferreira

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A realidade missionária indígena

Introdução

1. O apóstolo Paulo era de Tarso, uma cidade universitária da época. O convívio dele flutuava entre duas culturas: a judaica e a gentílica grego-romana. Ele não apenas conhecia bem as duas culturas, como fazia parte delas.

2. Embora Paulo seja um padrão para o trabalho transcultural, só houve dois lugares visitados por ele que eram considerados primitivos.

3. Um desses lugares foi a ilha de Creta. Ele mesmo não começou aquele trabalho. Provavelmente, foram João Marcos e Barnabé na famosa separação das equipes missionárias. Paulo nem mesmo trabalhou em Creta, mas enviou Tito. E teve uma passagem muito rápida por ali. Até que ele quis ficar uns 4 meses, mas a tripulação do navio que ia para Roma não quis e quase naufragaram (At 27.7-23). Mesmo assim, os cretenses tinham costumes de piratas, mas foram colonizados pelos gregos há 1500 anos antes de Cristo.

4. Outro campo missionário transcultural para Paulo foi a ilha de Malta. De fato, este foi o único lugar que Paulo visitou que podemos afirmar que se tratava de cultura diferente da cultura judaico-grego-romana que Paulo tão bem conhecia.

5. Não foi uma visita programada, nem uma viagem missionária. Mas foi o resultado do naufrágio daquele navio cheio de prisioneiros.

6. Por um lado podemos dizer que Paulo chegou acidentalmente (naufrágio), mas por outro lado devemos crer que foi a providência divina que o lançou ali.

7. A chegada de Paulo na ilha de Malta serve de inspiração e modelo para o trabalho missionário indígena.

8. A começar pelo acesso, chegar até à ilha de Malta era um desastre (At 27.41-28.1). Os trajetos para alguns trabalhos missionários indígenas são sofríveis (Exemplo: Foz do Içana).

9. O trabalho transcultural antes de tudo é um contato com uma outra realidade. Para o missionário recém-chegado pode não parecer real, mas é que a realidade é um tanto diferente da realidade que ele está acostumado.

Proposição: O candidato ao trabalho missionário deve se preparar para o contato com outra cultura. A estadia de Paulo na ilha de Malta dá um vislumbre do contato do missionário com o campo de trabalho futuro.

I. O contato com bárbaros - v.2

1. Há uma forte campanha para evitar termos como estes, mas sempre existiram culturas de costumes primitivos, menos desenvolvidas em relação ao desenvolvimento normal do mundo. São os chamados “povos isolados”.

2. Os gregos apelidaram esses grupos de bárbaros, pois como não falavam grego, a língua oficial, tudo o que falavam aos ouvidos dos gregos soava como “bar bar”, como uma criança articulando as primeiras sílabas.

3. O termo se generalizou até chegar aos nossos tempos. A discriminação não está propriamente no termo, mas em considerar-se mais humano do que esses povos.

4. Alguns povos isoladas são bravos. O saudoso missionário Abraão Koop, da Missão Novas Tribos dizia que os Paacas Novos receberam os primeiros missionários com flechas. Assim foi com a tribo Sawi na Papua Nova Guiné, cuja história é relatada no livro “Senhores da Terra”.

5. Os primeiros missionários da New Tribes Missions foram mortos pelos índios Ayoré da Bolívia. As cinco viúvas continuaram o trabalho e viram os assassinos de seus maridos se converterem.

6. Antes da Missão Novas Tribos, três ingleses vieram para o Pará fazer contato com os Kaiopó. Os três foram mortos. Foi escrita a história, não traduzida para o português, desses três jovens. O livro se chama “Os três Freddys”, pois tinham o mesmo nome e a mesma convicção. Isto foi em 1927.

7. Nem todos os bárbaros, ou povos isolados, são hostis. Os missionários das Novas Tribos se preparam para um contato difícil com os Zo’é (na época os Poturu). Para a surpresa de todos o contato foi pacífico. Mais hostis foram os antropólogos que expulsaram os missionários da tribo.

8. O contato com os bárbaros da ilha de Malta foi tão pacífico que eles nem queriam os pertences das pessoas, mas pelo contrário, cuidaram deles e de suas necessidades físicas (v.2).

9. O missionário terá, portanto, contato com pessoas de verdade, amigos de verdade, mas de costumes e maneiras de civilização, às vezes, totalmente diferentes para ele.

II. O contato com animais peçonhentos – v.3

1. É impossível negar a realidade de que o missionário encontrará cobras no campo. O Brasil é um país tropical e tem as mais belas e perigosas variedades de cobras. Em Minas Gerais ver cobras é comum; em Mato Grosso matar cobras é comum; no Amazonas ver e matar cobras é inevitável.

2. Daniel Royer, professor no Instituto Missionário Shekinah, em 1988: “Se o medo dominar a pessoa, ele deixará de comer milho por medo de cobras”.

3. Todos os missionários já foram protegidos de picadas de cobra sem mesmo o saberem. Não existem só as cobras que vemos; aquelas que passam antes de nós ou aquelas que chegam depois de nós, também são reais. Os anjos protegem os missionários, também, das cobras. Criancinhas são protegidas por eles muitas vezes. Se algum missionário ou filho for picado não significa que os anjos dormiram, mas que Deus por alguma razão quis que aquilo acontecesse.

4. Índios são picados por cobras. Os missionários já foram picados por cobras. Ambos são humanos e as cobras não fazem distinção.

5. O missionário Bill Moore entregou ao Senhor sua filhinha de cinco anos. Uma surucucu foi o instrumento de Deus para levar a criança. Élden, filho do missionário Coy, foi picado por cobra.

6. Os animais peçonhentos, insetos perigosos e outros animais são uma realidade do trabalho missionário. O missionário terá contato com esses bichos.

III. O contato com as crendices do povo – v.4-6

1.O missionário poderá ser visto, às vezes, como um intruso e coisas erradas que, porventura, acontecerem na tribo podem ser atribuídas à ira dos espíritos sobre o povo por causa do missionário (v.4).

2.A tribo Maku guarda o costume milenar de proibir que mulheres vejam o rosto do homem que usa máscara em uma de suas festividades. A penalidade para tal ato é abrir uma grande cova, entrar toda a aldeia dentro e colocar fogo para que todos morram. Os missionários não estão isentos de serem a “maldição” e tampouco estariam livres da penalidade.

3. Outros exemplos — Índios que se abaixam na canoa ao chegar perto de uma montanha com um filete de água. Explicação: É a urina de um demônio que escorre pela montanha.
Índios que saem para o meio da selva uma vez por ano e depositam alimento em cima de uma pedra. Explicação: Alimentando os espíritos que poderiam fazer mal à aldeia.
Na China os velhos são venerados e depois de mortos adorados e invocados {ver NIDA, pg.41}
Já os esquimós exterminam os velhos, colocando-os numa jangada e mandando para as águas gélidas para morrerem {ver NIDA, pg.41}
Muitas culturas não toleram o segundo gêmeo e matam apaziguando os maus espíritos.

4. Os povos estão cheios de crendices. Os nativos da ilha de Malta receberam bem Paulo, mas ao ser picado pela cobra viram-no como um assassino sendo perseguido por forças sobrenaturais.

5. Todo missionário aprende a desenvolver um estudo de cultura chamado “Os Universais”. Cada aspecto da cultura deve ser observado e anotado pelo missionário. Mas ao começar a anotar as crendices o missionário logo vê que a tarefa é imensa. As crendices deles vão de um extremo para o outro. No caso dos maltenses Paulo ou era um homicida ou um deus (v.5-6).

6. O missionário deve ficar atento, pois este é o contato mais sério e difícil dos povos explicarem. É o contato com suas crendices.

IV. O contato com chefes de aldeia – v.7

1. O missionário deve se apressar em fazer um bom contato com chefe da aldeia. Isto não significa que será o líder da igreja, mas para ter liberdade de trabalho o missionário precisa ter a aprovação do chefe.

2. Paulo foi bem recebido e ganhou três dias de hospedagem com o chefe da aldeia (v.7).

3. O candidato à obra missionário precisa aprender a respeitar as autoridades desde já, pois seria o fim de seu ministério se não aceitasse a autoridade de um chefe de aldeia e ultrapassasse as suas instruções. É um contato que precisa de treinado desde já. Aprender a obedecer sem questionar.

V. O contato com doentes

1. O candidato ao trabalho missionário indígena faz coisas que dificilmente faria em nossa sociedade. Nem mesmo seria prudente e legal, ou seja, tratar dos doentes.

2. O curso de enfermagem será muito útil, mas nem todos podem ser enfermeiros. A equipe ideal é aquela que tem pessoas com várias habilidades.

3. Mas de qualquer forma, os doentes são uma realidade para o missionário. O amor pelos perdidos deve se estender para o cuidado com a sua saúde. As coisas mais básicas para nós são incomuns para muitos índios. Por exemplo: fazer um índio tomar comprimidos por 15 dias. Ou o missionário aplica injeções ou cuida do índio como cuidaria de um filho: acorda para dar remédio e faz uma escala para levar o tratamento até o final.

4. Agora multiplique isto por 100, 150, 200 ou mais pessoas. E quando a aldeia é acometida por uma epidemia? E quando há casos em que é necessário pagar um vôo de emergência? Lembre-se que a Missão não custeia remédios e nem viagens. E não poucas vezes o missionário presenciará a morte de crianças e adultos. Outras vezes será acusado pela morte deles por tirar do curandeiro para tratar com remédios.

5. O candidato deve desenvolver a prática da oração pelos enfermos e deixar de pensar só em si. Paulo teve contato com um doente na ilha de Malta (v.8-9). Lembre-se que Paulo era doente e estava indo para a prisão e saído de um naufrágio, mas no momento não estava se lamentando, porém, pensando nos outros.

6. Um contato certo que o missionário terá de enfrentar, é o contato com doentes e alguns deles com doenças contagiosas.

VI. O contato com a honra – v.10

1. Talvez o contato mais perigoso que o missionário terá de enfrentar não é com índios bravos, com cobras, com as crendices, com o chefe ou com doenças contagiosas, mas o contato com a honra.

2. A humildade precede a honra, mas é possível uma outra ordem. Quando missionários não são humildes o suficiente para receber honras, pode ser a ruína deles.

3. Achar que pessoas não viveriam sem o nosso trabalho é a pior arrogância do missionário, pois com tal atitude ele está menosprezando os seus companheiros de ministério e a Deus que Lhe dá capacidade para trabalhar.

4. Paulo foi honrado pelos maltenses e até recebeu oferta deles. Mas Paulo chegou naquela ilha por causa de um naufrágio, foi usado por causa da misericórdia de Deus e saiu dali com as honras que deveriam ser devolvidas a Deus assim que entrasse de volta para a embarcação.

5. Cuidado com o contato com a honra. Quando o missionário fica mais conhecido, ele deve manter a mesma atitude humildade daquela com a qual começou a sua carreira.

Conclusão

1. A vida do missionário é uma vida de contato. Os contatos são reais, porém, uma realidade diferente da sua própria.

2. O contato com povos primitivos (bárbaros). O contato com animais perigosos (cobras). O contato com as crendices do povo. O contato com chefes de aldeia. O contato com doentes (e doenças contagiosas). O contato com a honra.

3. O preparo missionário ajudará a amenizar o choque desses contatos e a dependência de Deus fará possível esses contatos.


{NIDA} Costumes e Culturas – Uma introdução à Antropologia Missionária – baseado na obra de E.A. Nida – 1954 – 2a edição em português 1988 – Edições Vida Nova